quinta-feira, novembro 22, 2007

Who Believes in Fairy Tales??!

"Este tempo sofre muitas desgraças, na guerra, ambiente, saúde, etc. Mas a maior de todas é acreditar nos contos de fadas. Essas lendas infantis são muito antigas e sucessivas gerações as narraram, mas todas sempre souberam que se tratava de fantasia. Este é a primeira época que realmente acredita nelas, criando terríveis efeitos sociais.


Os contos de fadas têm muitas personagens fictícias, mas as mais incríveis são... o príncipe e a princesa. São incríveis, porque aquilo que fazem no conto é sempre casar e viver felizes para sempre. Ora toda a gente que está casada sabe que não se consegue viver feliz para sempre. Esse desejo é, aliás, o maior obstáculo à construção da verdadeira felicidade. Os casais bem sucedidos, aqueles que se amam para sempre, não são sempre felizes. Vivem no meio de alegria e comunhão, mas também de ocasionais dúvidas e zangas, bastantes sofrimentos e desilusões. Amam-se sempre, mas muitas vezes com alguma infelicidade. Neste mundo nenhum ser humano consegue ser feliz para sempre, sobretudo a dois.

Dizer isto hoje é a suprema heresia, pois, com fé inabalável na televisão, este tempo acredita piamente nesse aspecto central dos contos de fadas. Os jovens hoje, livres de fazer o que quiserem, sentem direito a felicidade principesca. Passado o fogo inicial, perante o menor problema, obstáculo, desentendimento, concluem que se enganaram. Se não conseguem ser sempre felizes, então este não é o prometido parceiro encantado. Desfazem a união partindo esperançados para outra.

Os tempos antigos sabiam tudo sobre namoro, amor, paixão. Mas também sabiam que casamento era mais que contos de fadas. Casamento era família, futuro, estatuto, estabilidade. Construir um amor a dois, estabelecer uma casa, assegurar uma herança, perpetuar e educar uma prole dá muito trabalho. São coisas demasiado importantes para serem deixadas a fantasias. Havia muitos casais felizes, mas muitos mais casais sólidos. Nesses tempos um casamento não era um contrato que as partes podiam denunciar. Era um casamento.



A solução antiga estava longe de ser perfeita, gerando infidelidades, frustrações, recriminações. Mas evitava o descalabro actual. Porque a nossa crença nos contos de fadas criou um caos social de primeira grandeza. E, pateticamente, não reduziu as infidelidades, frustrações e recriminações. Só as tornou banais. Procuramos escondê-lo para podermos manter a fé nos sonhos, mas essa fé trouxe a desarticulação da família, com consequências sociais devastadoras.


A família é a célula-base da sociedade. Antigamente nunca se dizia isto, porque se vivia isto. Os princípios só são enunciados ao deixarem de ser respeitados. Quando a finalidade central deixou de ser a família para ser o conto de fadas, surgiu a desgraça do século. Chamamos "novos tipos de famílias" aos estilhaços resultantes dessa desgraça. O casamento passou a ser uma relação mais fluída que o vínculo laboral. Os casais habituaram-se a desligar a sua vida real do momentâneo sonho idílico. As crianças passaram a viver órfãs com pais vivos ou, pior, com demasiados pais.

O mais terrível é que a fé nos contos de fadas, além de minar os fundamentos da sociedade ocidental, não trouxe mais felicidade. Trouxe vidas decepadas, estraçalhadas, remendadas. Adultos desenganados, cínicos, apáticos, ou viciados, tacanhos, corruptos. Idosos desamparados, solitários, tristes. Nem a evidência da explosão da depressão, droga, crime e suicídio, apesar da prosperidade, nos fazem perceber que há algo de muito errado na nossa opção.



Há mais liberdade, mas não se vêem hoje mais pessoas felizes, mesmo que seja só por algum tempo. Há mais embriaguez, sofisticação, reinvindicações, mas não mais felicidade. Antes, sem poder escolher, muitos aprendiam a ser felizes com o que tinham. Hoje, sonhando com o impossível, tantos sacrificam a felicidade realizável por sonhos enganadores. Não espanta que o tempo que acredita nos contos de fadas tenha sido aquele que criou um novo tipo de novela: o filme de terror."

quarta-feira, novembro 21, 2007

Música do Ano em que Nasci...



Just look at you sitting there
You never looked better than tonight
And it'd be so easy to tell you I'd stay
Like I've done so many times
I was so sure this would be the night
You'd close the door
And wanna stay with me
And it'd be so easy
To tell you I'd stay
Like I've done so many times

Don't fall in love with a dreamer
Because he'll always take you in
Just when you think
You've really changed him
He'll leave you again
Don't fall in love with a dreamer
Because he'll break you every time

So put out the light and just hold on
Before we say goodbye
Now it's morning
and the phone rings and ya say
You gotta get your things together
You just gotta leave
Before you change your mind
And if you knew
What I was thinking girl, I'd turn around
If you'd just ask me one more time
Don't fall in love with a dreamer
Because he'll always take you in
Just when you think
You've really changed him
He'll leave you again
Don't fall in love with a dreamer
Because he'll break you every time
so put out the light and just hold on
Before we say goodbye

quinta-feira, novembro 08, 2007

Duetos de Personalidades...Encontros e Desencontros

"Love is like war, easy to start, hard to end...impossible to forget!"

Por alguma razão, os caminhos de duas pessoas se cruzam!





Inexplicavelmente, duas pessoas que pouco ou mesmo nada se conhecem, sabem algo sobre a outra, aproximam-se e descobrem-se gradualmente. Parte dessas aproximações cingem-se a uma amizade...porém, outras acabam por gerar algo mais...Tudo depende dos pontos em comum que se descobrem, bem como feitio, personalidade, qualidades e defeitos.

Num período inicial, em que tudo é objecto de análise na outra pessoa, rapidamente, e porque é o que se deseja encontrar noutro ser humano, descobrem-se as qualidades...entra-se na fase do fascínio, do chamado "Mar de Rosas"!

A convivência e o tempo que se passa junto, permite que, através de atitudes e comportamentos, cada vez mais, as pessoas se conheçam melhor e aprende-se a lidar com a outra pessoa.

E aí, tudo depende da sinceridade, honestidade e frontalidade de cada um.

Contudo, por paixão ou por amor, pela possibilidade de perdermos essa pessoa...certas características que temos, hábitos que adoptámos em relação aos mais diversos aspectos das nossas vidas, ficam, voluntária ou involuntáriamente, "esquecidos.

Umas vezes, nós próprios fazemos por isso, noutras, porque o feitio do outro, subtilmente (ou não), leva-nos a adoptar atitudes/comportamentos distintos dos habituais.

De uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde, por bons ou maus motivos, as pessoas acabam por se revelar verdadeiramente e como consequência disso será além da estranheza por parte da outra pessoa, a surpresa ou até mesmo o choque!!!

Quem é que, alguma vez ou por breves momentos, já não deu por si a pensar "não me reconheço!", " Porque é que reagi assim?!", "Porque e como é que deixei de ser ou fazer algo em função da outra parte?!"... Julgo que ninguém!!! Será tolerância, adaptação, ajustamento da nossa parte em prol do que se quer construir numa relação a dois??

Questiono-me porém, se, na maioria das vezes, não acabamos por ceder e abdicar de nós próprios, do que gostamos de fazer de uma forma exagerada...só para agradar a outra pessoa!

Cada vez mais, as relações são efémeras, assim, será que vale a pena tais esforços e sacrifícios exagerados, da nossa parte em função da pessoa que naquele momento está ao nosso lado...mas que no dia seguinte pode já não estar?DECIDIDAMENTE...NÃO!!

A história do "Têm que gostar de mim tal como sou" também confesso que não é a atitude mais correcta.

Admito ainda, que deve haver cedências de ambas as partes para que as coisas dêem certo, mas...tudo com peso e medida!

Acredito que, se realmente as coisas não tiverem que dar certo, não é por sermos ou tornarmo-nos naquilo que a outra pessoa quer que sejamos, que vão resultar. Até porque, corre-se o risco de, perdendo a nossa identidade, até a outra pessoa deixa de ter interesse em nós.

A vida é cheia de adversidades...nem sempre temos um "sim" como resposta...e o mesmo se passa numa relação a dois. Não é por concordar-se sempre com o outro, não manifestando desagrado ou divergência de opinião e até mesmo desilusão em relação a algo que a outra pessoa fez, que torna uma relação mais duradoura!

A submissão e constante cedência de uma das partes, um dia chega ao fim! Como é que a outra pessoa, que está habituada a certas reacções da nossa parte, reage à primeira vez que é contrariada?! Fica no minímo, em CHOQUE!

Existindo um "The end" e não o "They lived happily ever after", aí sim, as pessoas conhecem-se verdadeiramente!

Quem sempre cedeu até ali, sentir-se-á de certa forma arrependida(o) por não ter sido ela(e) verdadeiramente, torna-se intolerante perante atitudes (que seriam outrora "pormenores") da outra pessoa...que apesar de serem coisas que já não lhe dizem respeito, reage em tom de crítica agravada pelo sentimento de "não tenho nada a perder", diz tudo o que tem a dizer...sem dó, nem piedade!

Pelo que, tendo mau feitio ou não, há que manter a nossa personalidade, maneira de ser, feitio, independentemente de se amar ou gostar...porque, naquele momento o "somos um só", não deixa de englobar duas pessoas distintas!